sábado, junho 21, 2025
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Mingau de aveia com mel e mirtilos

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Receita de mingau de aveia com mel e mirtilos pra salvar e fazer o mais breve possível! Se tu torce o nariz pra esse clássico, mas nunca comeu ou não come desde a infância, peço só que dê mais uma chance. Combinado? Por aqui, o mingauzinho já está formando seu próprio séquito de seguimores – e ele merece demais 💗

Mingau de aveia com mel e mirtilos

(Rendimento: 1 porção)

Mingau de aveia com mel e mirtilosColoca numa panelinha três colheres (sopa) de aveia em flocos, uma xícara (chá) do leite da tua preferência e 1 1/2 colher (sopa) de mel (ou açúcar mascavo, demerara, branco, agave, xilitol, o que preferir). Quando começar a ferver, mexe com uma espátula em todos os cantinhos, por cerca de cinco minutos. Eu gosto de provar o grãozinho pra ter certeza que está macio – cozinhar é testar o tempo todo!
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Gosto de variar nas coberturas: esse da foto é pura ostentação mirtilística kkk. A clássica banana em rodelas com canela funciona maravilhosamente bem também! Uma das belezas do mingau é justamente essa: o que tiver em casa serve, e até mesmo ele purinho já é um espetáculo. E bônus: faz super bem pra saúde!
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Me conta: já provou mingau recentemente? Gosta? 💕 Sem nenhum exagero, eu posso dizer que sou muito fã!

Brownie de Páscoa

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Esse brownie de páscoa é mais do que especial: tem dois itens que elevam ele a um nível de felicidade chocolatística diferenciado!

Brownie de Páscoa

(Rendimento: 10 unidades)

Vamos começar logo com o diferencial número 1: numa panelinha, derrete 150g de manteiga, até que ela fique com um tom âmbar e um aroma muito característico. É a famosa Manteiga Noisette, que tem sabor e cheirinho de avelãs 🌰 Com uma colher, tira a espuminha que ficou na superfície, e coloca 200g de chocolate meio amargo picado (pode coar a manteiga antes pra tirar os “queimadinhos” do fundo, mas eu não tiro). Mexe até derreter bem e reserva.

Em uma vasilha grande, coloca três ovos e 150g de açúcar demerara ou açúcar mascavo claro, mexendo bem até homogeneizar. Com uma mão, vai derramando o creme de chocolate na mistura de ovos, enquanto mexe com batedor de arames com a outra. Coloca duas colheres de farinha e uma colher de cacau em pó, finalizando com 100g de avelãs tostadas e picadas – o diferencial número 2, que casa lindamente com o primeiro ❤️

Preparei a forma de muffin com papel manteiga, mas pode usar forminhas de papel também (rende 10 unidades). Derramei a massa até encher 3/4 de cada cavidade e levei pro forno pré-aquecido a 180°C por 15 minutos – o centro deles ainda fica meio mole. Desliguei o forno e deixei ali no quentinho por mais 10 minutos, e depois levei pro freezer por mais dez. E pronto: um brownie com aquela casquinha perfeita, CREMOSÍSSIMO por dentro e puro deleite de chocolate com pedacinhos crocantes.

 Fica a dica de presentear os amigos, vizinhos, familiares com algo que tu fez com carinho!

Brownie de Páscoa

Não tá tudo bem

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Não tá tudo bem

Tá nublado. A luz que desenha as bolinhas da persiana no edredom estão no ontem, aquele lugarzinho que existe só na nossa memória. E se, dia imemorável, apenas deixa de existir. A gente teima em se preocupar demais com besteira, temendo o futuro – que, até mesmo em segundos, fica logo ali no passado. A gente fica vivendo de ontens, remoendo ontens, chorando ontens. A gente pensa tanto em tempos que não nos pertencem (o que foi, o que virá), que o hoje pode passar até batido – e logo virar mais um ontem pra remoer. Eu sei que é difícil querer o hoje como se quer o amor, como se deseja uma comida gostosa, como se pede por um afago.

Difícil ter gana de hoje se o que nos cerca é um futuro quebrado. Não tem otimismo que aguente. Não tá tudo bem e não vai ficar tudo bem logo. É da vida. A gente vai vivendo dos pelo menos que nos cabem: pelo menos a família está com saúde, pelo menos tenho trabalho, pelo menos tenho hobbies que me ajudam a viver o tempo. Tá nublado, mas pelo menos um ventinho gostoso entra pela janela e arrepia os pelinhos da perna. Se amanhã não fizer sol, pelo menos eu tenho guardadas aqui comigo nos tantos ontens as bolinhas de luz que se derramam pelo quarto. Não tá tudo bem e não vai ficar tudo bem logo. É da vida.

Não tá tudo bem

Um ano de quarentena

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Um ano de quarentena

Um ano de quarentena

Eu lembro que peguei um ônibus meio vazio com uma amiga, depois de uma gravação, e passamos rápido no mercado pra comprar umas Heinekens. Tentando não encostar muito nas coisas, mas ainda sem medo de respirar – e, muito menos, de perder o ar. Bebemos sentadas na cama, sem temer a proximidade, sem desassossego com a ventilação, sem receio de dividir um gargalo.

No dia seguinte, a vida já não era mais assim. Porta fechada, ninguém por perto. Pequenas e grandes mudanças de hábito. Saía para caminhar, serpenteando pelas ruas desertas do bairro. Usava máscara de tecido me sentindo hiperbólica, exagerada. Ficava olhando pela janela, esperando que algo me arrancasse do tédio.

Passei a escrever mais: contos, textos, cartas mentais. Resolvia problemas do passado, pensando no futuro que eu acreditava próximo. Cozinhava receitas demoradas só pra mim – pra passar o tempo e pra me sentir presente. Comi muito cuscuz de café da manhã, de almoço, de janta.Tive muitas fases. Não tive a ânsia de cortar a franja, mas quis pintar o cabelo em casa – a tinta continua no banheiro, intacta. Encontrei o amor em um ambiente que sempre acreditei hostil. Me apaixonei por ele e por mim mesma, de novo. Dancei sozinha e aprendi a amar minha companhia. Me descobri introspectiva, mesmo sendo tão extrovertida. Talvez eu não seja exatamente quem eu pensava, e tudo bem.

Assisti muita série, muito documentário, muito filme. Li muita notícia e chorei, chorei, chorei de soluçar. Tiveram almoços em família, à distância, e viagens pro silêncio do sítio. Bordei e enjoei de bordar. Lavei louças infinitas e pedi delivery só pra não precisar lavar nada.

E, feito magia macabra, duas semanas viraram um ano de quarentena. E a falta de perspectiva continua sendo frustrante; a falta de humanidade, idem. O que continua igualzinho é que eu acordo, fervo a água, passo café. Me acomodo na cama, encho a xícara e respiro fundo. Às vezes dá vontade de chorar, às vezes eu fico inspirada como nunca. E assim segue o mistério dos dias, com o que tem, como dá, sendo feliz nas frestas. Vai passar.

Obs: Ainda sigo com mania de explicação, até que não me caiba mais, por isso aviso que o relógio está errado.